A atividade logística é abrangente e segmentada, incluindo transporte, estoque e armazenamento de insumos e produtos. No Brasil, os custos com logística representaram aproximadamente 13% do PIB de acordo com os dados do Centro de Estudos em Logística da COPPEAD/UFRJ. Esse valor é relativamente alto quando comparado aos custos de logística em países desenvolvidos, que representaram entre 8% e 10% do PIB. Essa diferença é explicada principalmente pela precariedade da infra-estrutura de transportes do Brasil e pelo alto nível de sofisticação dos Processo logísticos dos países desenvolvidos que, com isso, conseguem reduzir significativamente os seus custos.

O minério de ferro é considerado um produto de baixo valor específico (razão do valor do produto pelo seu peso), uma vez que o preço obtido por kilograma do produto é baixo, se comparado com o preço por kilograma de outros produtos tais como equipamentos eletrônicos e jóias. Produtos de baixo valor específico apresentam tipicamente elevados custos de transporte, uma vez que os custos de transporte são crescentes em função do peso do produto. No mercado de mineração, a cadeia logística de infra-estrutura de transporte representa parcela relevante do custo total do minério de ferro e, para evitar este custo, é comum o investimento por parte das empresas de mineração em estruturas eficientes de transporte de cargas. A competição normalmente ocorre em relação (a) ao valor das tarifas cobradas; (b) ao tempo de entrega da carga; (c) à qualidade; e (d) à confiabilidade dos serviços prestados.

A demanda no Brasil por serviços logísticos aumentou significativamente nos últimos anos, não somente devido ao aumento da produção brasileira, mas também em função do aquecimento do comércio internacional. O mercado logístico cresceu significativamente devido ao fato de diversas companhias que costumavam planejar internamente o transporte e o armazenamento dos seus produtos estarem terceirizando esses serviços a companhias com tecnologias mais avançadas e a custos menores.